O criminoso de guerra procurado
Para a Ucrânia, a história da Escola Especial de Kupyansk é mais uma prova para classificar Vladimir Putin como suspeito de crimes de guerra.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia em março, acusando ele e a Comissária Presidencial para os Direitos das Crianças, Maria Lvova-Belova, de deportação ilegal de crianças ucranianas.
A Rússia insiste que seus motivos são puramente humanitários, evacuando crianças para protegê-las do perigo. Altos funcionários desprezam a acusação do TPI, ameaçando até mesmo prisões retaliatórias contra os representantes do tribunal.
O TPI não tornou públicos os detalhes do caso e nem a Ucrânia, mas autoridades em Kiev afirmam que mais de 19 mil crianças foram retiradas de áreas ocupadas desde a invasão em grande escala. Entende-se que muitos vieram de orfanatos e colégios internos.
Investigamos vários casos, incluindo de outra escola especial em Oleshki, no sul da Ucrânia, e descobrimos que todas as vezes as autoridades russas fizeram o mínimo ou nenhum esforço para localizar os pais dos alunos.
As crianças ucranianas eram frequentemente informadas de que não havia nada em seu país para onde voltar e eram submetidas, em vários graus, a uma educação russa "patriótica".
Os detalhes e as nuances variam, pois há tanto caos na guerra quanto más intenções.
Mas há também uma ideologia clara e predominante: a Rússia, liderada por Vladimir Putin, declara abertamente que tudo nas áreas ocupadas da Ucrânia é seu, incluindo as crianças.
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